Guichês de imigração dos aeroportos passarão a ter scanner de alta velocidade para conferir passaportes
As enormes filas que se formam nos aeroportos sul-africanos junto aos guichês de imigração a cada vez que aterrissa um avião procedente do exterior estão condenadas à extinção graças a um scanner de passaportes de alta velocidade, introduzido no país por conta da Copa do Mundo.
O Sistema de Controle de Movimento (MCS, na sigla em inglês) servirá para detectar instantaneamente passaportes e vistos falsos, além de pessoas procuradas pela Interpol.
Além disso, vai agilizar muito o processo de entrada no país, em uma ocasião na qual são esperados milhões de turistas de todas as partes do mundo.
O MCS, que pode ler e armazenar os dados de cada visitante em menos de 15 segundos, já foi instalado em período de experiência no aeroporto de Johanesburgo, e em breve estará nos 33 principais terminais de entrada no país.
Segundo o ministro de Assuntos Internos da África do Sul, Nkosazana Dlamini Zuma, o MCS é parte de um plano geral idealizado por seu Ministério para facilitar o movimento no país durante o Mundial.
África do Sul lança projeto de segurança para Copa
A 48 dias da competição, país mostra preocupação em tranquilizar a Fifa e os torcedores sobre a questão da segurança
Uma das maiores preocupações que a realização da Copa do Mundo na África do Sul gerou foi a falta de segurança no país. Em mais uma tentativa de tranquilizar a Fifa e os torcedores, foi lançado nesta quinta-feira o projeto "Estado de Prontidão", que tem como objetivo manter a ordem e conter a criminalidade durante o Mundial.
Na Cidade do Cabo, membros da polícia local e de outros serviços de emergência marcharam pela cidade e fizeram diversas exibições, que incluíram helicópteros, barcos, motocicletas e armamento pesado. "Estamos preparados para tudo, desde os menores crimes até grandes atos terroristas", disse Nathi Mthethwa, ministro de polícia do país.
O estádio Green Point, com custo de aproximadamente R$ 1,15 bilhão, foi o centro dos eventos desta quinta. Ele foi sobrevoado por helicópteros, e agentes especiais desceram da cobertura do gramado usando cordas, numa simulação do que pode ser feito em caso de emergência.
Bloemfontien é um das regiões que pertencem à prefeitura de Mangaung
A história de dominação por diferentes povos e as 11 línguas oficiais que salpicam por toda a África do Sul explicam o porquê de um nome tão comprido e complexo: Mangaung/Bloemfontein. O que acontece é que a prefeitura de Mangaung – que significa “lugar dos guepardos” em SeSotho, um dos idiomas sul-africanos - foi formada em 2000, quando já não havia mais apartheid. A inclui as regiões de Botshabelo, Thaba Nchu e, finalmente, Bloemfontein, a cidade fundada por holandeses que é a capital judiciária da África do Sul – ou seja, o local onde fica instalada a corte máxima do pais.
Até hoje, a capital do estado de Free State é conhecida como "cidade das rosas" e seu nome em holandês significa justamente "fonte das flores". Os apelidos bucólicos combinam com o ambiente da cidade, apesar de hoje ser a sexta maior do país. Vizinha de algumas das principais regi ões pecuaristas, Mangaung/Bloemfontein tem um quê de cidade norte-americana: ampla, espaçosa e, ainda assim, com ar de vilarejo.
A proximidade com os penhascos do Golden Gate National Park é uma das principais atrações para os turistas que visitam a região, embora durante o período da Copa do Mundo o clima frio do inverno de Bloemfontein seja uma preocupação: a média da temperatura mínima nos meses de junho e julho costuma ser de – 2º C. Bloemfontein ainda tem a fama de ser a cidade natal do escritor J.R.R. Tolkien, o autor de O Senhor dos Anéis, que viveu por lá até os três anos de idade, quando se mudou para a Inglaterra.
História
Também as origens de Mangaung/Bloemfontein são um pastiche de diferentes culturas e episódios. Nos anos 1830, os chefes Yoruka e Barolong haviam estabelecido base na região. Porém, a fundação oficial de Bloemfontein se deu em 1846, como um forte inglês na região de Transoranje, segundo determinação do major britânico Henry Douglas Warden. E, no entanto, a região é conhecida historicamente como uma base do afrikaaners, os descendentes de holandeses que se instalaram na África do Sul.
Como se não fosse o bastante, a partir do final do século 19 a região passou a abrigar também tribos que veneravam Shaka Zulu, o rei dos zulus. O resultado final não poderia ser mais condizente com tanta variedade: em 2000, as regiões se juntaram sob a prefeitura de Mangaung, que hoje controla uma das áreas mais importantes do país.
Exuberante, cidade encanta sem fazer esforço
Principal pólo turístico do país da Copa fascina visitantes e nativos com sua beleza natural, vinhos e badalação noturna
Cidade do Cabo conquista turistas de todo o mundo com suas belezas naturais
A combinação montanha/mar dentro de uma mesma cidade – e quanto mais perto uma da outra, melhor - tem alguma coisa que é capaz de enlouquecer a todos. Não qualquer montanha, nem qualquer mar, claro, mas no caso da Cidade do Cabo estamos falando de uma montanha que parece cenário de cinema, a Table Mountain, e uma porção fabulosa do Oceano Atlântico, quase no encontro com o Índico.
É muito fácil para uma cidade assim ser encantadora. Porque mesmo quem não consegue conhecer direito a Cidade do Cabo, ou não desfruta dos atrativos que tem, tende a sair de lá maravilhado: para quem está na parte baixa da cidade, é impossível não reparar naquela montanha de mais de mil metros de altura, de topo plano, quase sempre coberta por uma nuvem simétrica, que faz as vezes de toalha da mesa. Quem sobe, por sua vez, enxerga aquele mosaico de casas espalhadas em diferentes relevos até chegar à City Bowl – a área delimitada ainda pela Signal Hill, o Devil’s Peak (Pico do Diabo) e a Lion’s Head (Cabeça de Leão).
Mas, além da beleza óbvia de sua natureza – as montanhas e praias, o surfe e a observação de baleias -, a “Cidade Mãe” ainda tem a vantagem de ser o pólo de outro motivo de orgulho da África do Sul: os vinhos. A cidade é o ponto de partida para se visitar as principais regiões produtoras do excelente vinho do país, com destaque para Stellenbosch, Paarl e Franschhoek. E, dentro da própria cidade, também não faltam lugares para se comer e beber bem, além de uma vida noturna agitada, cujo epicentro é a Long Street, um rua repleta de bares e boates.
É bom mesmo que haja opções menos veranistas, porque, no meio de tantos prós, a Cidade do Cabo tem um contra nada desprezível para quem a visitar durante a Copa, disputada no inverno sul-africano. Nos meses de junho e julho, a temperatura media costuma variar entre os 7 e os 18 graus. O vento sopra incessantemente e a precipitação média chega perto dos 90mm. Ou, em palavras mais curtas e simples: é frio e chove para burro.
História
Embora haja registros de vida na região da Cidade do Cabo que datem de 15 mil anos atrás, a primeira menção por escrito vem dos exploradores portugueses Bartolomeu Dias, em 1486, e Vasco da Gama, que em 1487 registrou sua passagem pelo Cabo da Boa Esperança.
Mas o contato definitivo com os europeus veio mesmo em 1652, quando Jan van Riebeeck liderou uma missão da Companhias das Índias Orientas Holandeses para estabelecer um porto seguro para seus navios que seguiam a rota das especiarias. A partir de então, o controle da cidade variou com a maré da história europeia – da ocupação napoleônica da Holanda à passagem para as mãos dos britânicos em 1795. Foi só depois que minas de diamante foram descobertas na região, em 1867, que uma onda de imigração – britânica como holandesa - tomou conta da Cidade do Cabo. Só então a disputa entre as duas correntes virou coisa séria, e resultou na Segunda Guerra dos Bôeres (1899-1902), vencida pelos britânicos . Em 1910, a Grã-Bretanha fundou a União Sul-Africana e fez da Cidade do Cabo sua capital legislativa – função que continuar tendo até hoje na República da África do Sul.
A Cidade do Cabo foi também palco marcante da era do apartheid, já que o principal destino de presos politicos era a Robben Island, uma ilha a 10km da cidade que fez as vezes de cárcere a partir de 1898 e foi o local de prisão, entre outros, de Nelson Mandela.
Ex-"Rio" sul-africano é portal para a cultura Zulu
Desbancada pela Cidade do Cabo, Durban ainda atrai graças à Golden Mile e seu impressionante aquário de tubarões
Durban já foi um dos principais destinos turísticos, mas agora é frequentada por sul-africanos
Ao longo das duas últimas décadas, Durban perdeu para a Cidade do Cabo a condição de “Rio de Janeiro sul-africano”, quer dizer, de principal destino para os turistas vindos do exterior. Hoje, suas águas do Oceano Índico são frequentadas principalmente por sul-africanos que vêm de outras regiões do pais, sobretudo de Johanesburgo.
A grande atração dentro da cidade são os mais de quatro quilômetros da Golden Mile - o trecho de calçadão à beira mar que concentra hotéis, bares e restaurantes. É nessa espécie de Copacabana que estão construções como o Suncoast Casino and Entertainment World e o uShaka Marine World, um enorme parque temático dedicado ao mundo marinho, que inclui um impressionante aquário de tubarões. Além disso, as praias de Durban são famosas pela temperatura agradável da água ao longo de todo o ano e pelas ondas que atraem uma legião de surfistas.
Durban é também um dos principais portais para se conhecer a cultura Zulu. Outro nome oficial da cidade, aliás, é no idioma Zulu: “eThekwini”. Há diversos passeios para visita de tribos e, mesmo dentro da cidade, uma das sensações junto aos turistas são os passeios com o tradicional riquixá Zulu, levado por um condutor paramentado com enormes e coloridos enfeites.
História
Segundo a datação feita por Carbono 14 em exemplares de arte rupestre encontrados perto de Durban, os primeiros habitantes da região remontam a 100.000 a.C. A primeira menção de que se tem registro, no entanto, é de 25 de dezembro de1497, quando Vasco da Gama desembarcou por lá e batizou o “Rio de Natal” – que, depois se constataria, é uma lagoa e não um rio. O nome da cidade seria, então, corrigido para Port Natal – já que o local logo se tornaria, como é até hoje, o principal porto da África do Sul.
Foi só em 1835 que Port Natal passou a ser oficialmente Durban. Um grupo liderado pelo tenente britânico F. G. Farewell - que chegara da Colônia do Cabo onze anos antes e já estabelecera boas relações com o rei Zulu Shaka – decidiu fundar uma capital para aquele território e lhe dar o nome de “d’Urban”, em homenagem ao então governador da Colônia do Cabo, Sir Benjamin d’Urban.
"Éden" do país é porta para a África selvagem
Localização de Nelspruit faz dela uma das melhores rotas de acessos para as mais célebres reservas selvagens do continente
Nelspruit
Mpumalanga
-
221 mil
660 m
-
Foto: Divulgação
Nelspruit é a porta de entrada para o Parque Nacional Kruger, reserva conhecida mundialmente
Como tantas outras cidades na África do Sul, Nelspruit não é um lugar interessante por aquilo que é, mas por ser próximo de alguns outros – esses sim verdadeiramente interessantes. No caso, a capital da província de Mpumalanga é considerada um dos melhores portões de entrada para quem quer visitar o Parque Nacional Kruger – uma das reservas selvagens mais famosas do mundo.
A localização de Nelspruit também ajuda para quem quer se aventurar nos países vizinhos à África do Sul e conhecer outros parques selvagens renomados: o Limpopo (em Moçambique) e o Gonarezhou (no Zimbábue). A província de Mpumalanga – que em idioma siSwati significa “lugar onde nasce o sol” – é repleta de lindas paisagens, mesmo fora dos parques: são penhascos, campos e cachoeiras por toda parte, o que dá à região o sugestivo e ligeiramente exagerado apelido de “Jardim do Éden”.
História
Conta-se que integrantes da tribo Ndebele já habitavam o local onde hoje está Nelspruit entre os séculos 15 e 16, mas a cidade tal como se conhece hoje foi fundada apenas em 1905, quando a família holandesa de sobrenome Nel se estabeleceu para criar gado às margens do rio Crocodilo.
Durante a Guerra dos Bôeres, Nelspruit chegou a ser declarada, Durante alguns poucos anos, a capital da República Sul-Africana – uma república independente de bôeres (colonos holandeses)
Tranquilidade cobiçada por todo o país da Copa
Com nome que significa "lugar de segurança", capital da província de Limpopo oferece um bucolismo raro na África do Sul
Entre as sedes da Copa do Mundo, Polokwane é um dos locais mais tranquilos e bucólicos
O tradução do nome oficial de Polokwane é uma espécie de slogan: “lugar de segurança”. E disso, de fato, não se pode reclamar: entre as sedes da Copa do Mundo da África do Sul, a capital da província de Limpopo é provavelmente a mais tranquila e bucólica.
Localizada ao norte do pais, Polokwane está rodeada por três dos países que fazem fronteira com a África do Sul: Botsuana, Zimbábue e Moçambique. É, por isso, também uma opção interessante para quem quer explorar os parques naturais que ficam ao redor dessa área de fronteira.
Na terra do baobá – que, além de ser a árvore do Pequeno Príncipe; se trata também da maior e mais simbólica do continente africano -, as atrações todas giram em torno dos passeios históricos, como o Museu Polokwane, com artefatos da idade da pedra, e, claro, da natureza.
Ficam a um pulinho de Polokwane alguns belos cenários dessa região do continente, como a caverna Makapan, vizinha Mokopane, e o lago Fundudzi. Outro passeio interessante é o vilarejo da tribo Ndebele, onde é possível aprender muito sobre a cultura desse povo que deu origem a um dos 11 idiomas oficiais do país, o isiNdebele.
História
Como acontece com a maioria das cidades africanas, uma coisa é a história de quem habitava originalmente a área e outra, completamente diferente, a da cidade em si. No caso de Polokwane, há registros de presença do povo Mapungubwe na região há mais de dois mil anos – tanto que a área entre os rios Limpopo e Sashe, que ocupa parte da África do Sul, do Zimbábue e de Botsuana, é um Patrimônio da Humanidade da UNESCO.
Muito depois disso tudo, em 1886, depois que se descobriu ouro na região, é que a cidade foi fundada. No caso, com o nome de Pietersburg – uma homenagem ao general Petrus Jacobus Joubert, um líder dos Voortrekkers (os colonizadores holandeses) que deram início àquela área urbana.
Mar, história e Tolkien agitam a "Cidade Amistosa"
À beira de lindas praias e com muita história, área ligada a Nelson Mandela Bay é um dos destinos mais procurados do país
A cidade Port Elizabeth é uma das mais antigas do país e fica à beira de lindas praias
Port Elizabeth - ou, para os íntimos, “PE” – é conhecida como “Cidade Amistosa” por razões compreensíveis: à beira de lindas praias e com muita história para contar como uma das cidades mais antigas do pais, é um dos destinos mais procurados da África do Sul.
Desde 2001, Port Elizabeth faz parte da Municipalidade Metropolitana de Nelson Mandela Bay. Sua arquitetura é uma das mais destacadas de todo o pais, e uma maneira clara de passar por tudo o que há de especial é caminhar pela Trilha Donking, que percorre 47 lugares históricos.
Mas além de lindas praias - como a Humewood, a Hobie, a Wells Estate e a King’s Beach – e da arquitetura da cidade, Port Elizabeth é também um excelente ponto de partida para se curtir a uma natureza impressionante, ilustrada pelo Parque Nacional Ado, o Kragga Kamma e o vilarejo de Hogsback – que, segundo os locais, teria sido fonte de inspiração para J.R.R. Tolkien (um sul-africano de Bloemfontein) imaginar a Terra Média de “O Senhor dos Anéis”
História
Os primeiros colonizadores britânicos chegaram à região – até então ocupada por integrantes da etnia Xhosa – em 1820. Houve brigas e resistência, mas os comandados da Rainha forçaram a barra devido à localização estratégia para transformar aquele num porto de entrada na África do Sul pelo Oceano Índico. O nome “Port Elizabeth” foi dado pelo fundador Sir Rufane, na época governador do protetorado britânico conhecido como Colônia do Cabo, cuja esposa Elizabeth havia falecido pouco antes.
Cidade do presidente vive para o exterior
Prestes a ter seu nome alterado para Tshwane, Pretória é sede do Executivo e da maioria das embaixadas e consulados do país
Cidade de Petrória, mais uma das sedes da Copa, é uma das capitais da África do Sul
A verdade é que quase ninguém vai efetivamente a Pretória para a Copa do Mundo. A cidade é próxima o bastante a Johanesburgo (60km) e não tem atrativos de fato, a não ser por alguns museus interessantes, como o de Ciência e Tecnologia.
A África do Sul tem três capitais: Cidade do Cabo como a legislativa; Bloemfontein como Judiciária e Pretória como Executiva: o que significa que é a residência do Presidente da República Jacob Zuma e também a sede da maioria dos consulados e embaixadas no país.
Os dois nomes pelos quais a cidade tem sido conhecida durante a Copa do Mundo se referem à área metropolitana dentro da qual a cidade de Pretoria está efeitvamente localizada: Tshwane. Na realidade, o Conselho Geográfico de Nomes da África do Sul já aprovou a mudança definitiva do nome da cidade, de Pretória para Tshwane, mas essa ainda não passou pelo Ministério de Artes e Cultura.
História
A tribo Ndebele do Sul foi a primeira a ocupar a região, no início do século 17. A cidade em si foi fundada em 1855 por um voortrekker (Colonizador holandês) de nome Martinus Pretorius. Àquela época, o nome dado foi de Andries Pretorius, pai de Martinus, que foi o comandante dos voortrekkers na Batalha do Rio Sangrento, contra os Zulus, três anos antes.
Em 1860, Pretória foi nomeada capital da República Sul-Africana, uma república independentista bôer. A cidade foi ainda o palco do Julgamento de Rivonia, entre 1955 e 1961, que na ocasião decretou a prisão de Nelson Mandela. Já a Municipalidade Metropolitana de Tshwane, que abrange Pretória e outras 12 cidades, foi fundada apenas em dezembro de 2000.
Rustemburgo honra clichê e leva Copa à savana
Vegetação típica do continente toma conta da região, que também abriga pólo de extrativismo e uma das principais tribos da África
Rutemburgo é uma cidade no meio da savana e que levará o clima selvagem aos jogos da Copa
Se alguém, por puro apego ao clichê, imaginou a Copa do Mundo da África do Sul como uma disputada no meio da selva, onde se podem ouvir os babuínos e bugios gritando ao longe, não estava totalmente errado. Pelo menos não no que diz respeito a Rustemburgo.
A cidade fica bem no meio da savana e aos pés das belas montanhas Magaliesburg, que chegam a 1852m metros de altura. O lugar ainda é famoso por ser um pólo de mineração, especificamente da platina. Por causa dessa riqueza natural, a região é lar de uma das tribos mais opulentas da África, a Nação Bafokeng.
Normalmente, quem visita a área onde está Rustemburgo o faz por causa do Sun City, um monstruoso resort famoso em todo o pais que está a 30 quilômetros da cidade. Quem se hospeda lá tem direito a entrar no Vale das Ondas, o principal parque aquático do pais, e normalmente tira os dias para visitar dois parques da região: a Reserva Natural de Rustemburgo e o Pilanesburgo.
História
Rustemburgo é, originariamente, a terra dos Bafokeng, que, ao contrário da maioria das outras tribos sul-africanas, são até hoje ricos e influentes. Ainda assim, a influência dos voortrekkers (os colonizadores holandeses) é notória – inclusive no nome, Rustemburgo, dado quando da fundação da cidade, em 1851. Com isso, o local se tornou um dos primeiros assentamentos bôeres do território da África do Sul. Rustemburgo, aliás, é a terra natal de Paul Kruger, ex-presidente da República Sul-Africana, uma república independente bôer.
Potência econômica vê a Copa em dobro
Maior cidade do país e com índices de desigualdade social e violência alarmantes, Johannesburgo terá dois estádios na competição
Como a maior cidade a receber os jogos da Copa, Johannesburgo conta com dois estádios
Sejamos honestos: alguém só visita Johannesburgo porque tem negócios por lá, porque precisa usar a cidade como ponto de passagem para chegar a algum lugar mais chamativo e bonito ou... porque é Copa do Mundo – que é o que nos interessa aqui.
E não é que Johannesburgo vai ser apenas mais uma sede do Mundial. Estamos falando da cidade que será o centro do mundo futebol entre junho e julho de 2010. É lá, na maior cidade da África do Sul, que ficará o quartel-general da FIFA e o centro internacional de transmissão para as televisões. A metrópole é a única com dois estádios – o recém-construído Soccer City, vizinho da Federação Sul-Africana de Futebol – e o tradicional Ellis Park, recebendo um total de 15 partidas.
E, como se não fosse o bastante, “Joburg” é um ponto de partida, de carro, para no mínimo outras quatro sedes: Tshwane/Pretória, Nelspruit, Polokwane e Rustemburgo (e Mangaung/Bloemfontein também, com um pouquinho mais de tempo de estrada). O que significa dizer que, hospedado em Johanesburgo, alguém pode rodar tranquilamente entre sete dos nove estádios da Copa.
Diante disso, portanto, o que fazer por lá? É uma cidade tão opressora e violenta quando se diz? Sim e não. Johannesburgo é grande, movimentada e tem um contraste violento entre regiões muito ricas - como Sandton, onde fica um conglomerado de grandes hotéis e a Nelson Mandela Square, com suas lojas e restaurantes – e outras tremendamente pobres, como a histórica township (um bairro que, na época do apartheid era um gueto) de Soweto. Mas, até aí, para quem vem do Brasil, diferença social não é nada exatamente chocante. O que pode, sim, chocar é o virtual toque de recolher (auto-imposto) que toma conta das ruas da cidade à noite. Ou ainda o frio que faz nos meses de junho e julho, chegando perto de 0ºC.
História
Antes habitada por uma grande mistura de tribos – San, Bantu, Tswana... - a história de Johanesburgo como grande cidade é incrivelmente recente e seu crescimento foi meteórico devido a uma razão principal: ouro. A partir do momento em que o metal foi descoberto em Johannesburgo, em 1886, gente de toda parte do pais e também de fora chegou para tratar de tomar conta das riquezas. Foi desse tipo de tensão – especificamente entre britânicos e holandeses – que se criou o clima para a Segunda Guerra dos Bôeres (1899-1902).
Outro momento histórico que fez a fama de Johannesburgo, claro, foi o apartheid. Ou, especificamente, a luta contra ele. Soweto foi um enorme instrumento de resistência contra o sistema institucional de segregação racial