quarta-feira, 16 de junho de 2010

Volta ao mundo em 365 dias


Os gaúchos Raquel e Rodolfo Dhein tinham acabado de chegar de Hong Kong. Após a África do Sul, eles têm planos de ir para a Europa FOTO: Marcos Limonti
Rodolfo Tiengo
Direto de Joanesburgo

Ellis Park, jogo do Brasil contra a Coréia do Norte. Eram por volta de 18 horas e um casal de brasileiros estava se acomodando no estádio ainda vazio, com as caras todas pintadas de verde amarelo. Estar ali, para eles, ou melhor, estar na África do Sul, é muito mais do que vivenciar o espírito da Copa do Mundo de perto, mas também é parte de um projeto de vida muito maior.
O empresário Rodolfo Dhein, 28 anos, e sua mulher, a jornalista Raquel Dhein, 25, ambos de Porto Alegre, estão fora do Brasil há aproximadamente cinco meses. Casados há seis anos, eles decidiram dedicar um ano inteiro a dar uma volta ao mundo. Compraram passagens especiais aéreas pela One World (www.oneworld.com), pagando US$ 4,5 mil (cerca de R$ 8 mil) cada um e saíram desbravando diferentes pontos do globo, desde o dia 9 de janeiro.
            Até agora o casal já passou por países da América do Sul, Nova Zelândia, Austrália, Índia, Japão, China e tinham acabado de chegar de Hong Kong, em 13 de junho. Depois da estada sul-africana, eles vão ainda passar por Inglaterra, Alemanha, França, Espanha, Portugal, Egito, Israel, Itália, Grécia, Estados Unidos “e mais alguns que a gente decidir”, afirma o empresário Rodolfo Dhein, que estima serem no total cerca de 30 países. “Nós chamamos essa experiência de uma espécie de pós-graduação vivencial”, brinca o gaúcho.
            Em território sul-africano, eles ficam ainda mais três semanas e vão conferir no total cinco jogos do Mundial da Fifa: os classificatórios do Brasil, as oitavas e as quartas-de-final. Depois disso, rumam à Europa. Alocados em Joanesburgo, Rodolfo e Raquel primeiro ficaram em um albergue “bem afastado” – cuja localização eles não sabiam explicar – e estavam indo para casa de amigos que conheceram pela internet.
Eles chegaram a tentar acomodação pelo site Couch Surfing (www.couchsurfing.org) – rede social que coloca em contato gente do mundo inteiro atrás de hospedagem gratuita – mas ninguém ofereceu, pelo menos para o movimentado período de Copa do Mundo. “Esta é a nossa segunda vez na África do Sul. A gente gosta do povo, que é muito animado, muito feliz e tem muito a ensinar neste sentido. Mas na organização do evento falharam um pouco”, comenta Rodolfo.
http://comercionacopa.wordpress.com/

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