segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Primeiras estacas -Bahia

Fonte Nova: primeiras estacas já podem ser vistas

348 operários trabalham na obra, mas o número chegará a 1.400, diz construtora

Operários trabalham nas fundações da Arena Fonte Nova (crédito: Assessoria de Imprensa FNP)
 
Karlo Dias - Salvador
postado em 18/02/2011 11:46 h
atualizado em 18/02/2011 15:27 h
As primeiras estacas que servirão de base para a estrutura da nova Fonte Nova já podem ser vistas por quem passa na região do Dique do Tororó, um dos locais mais visitados pelos turistas que lotam a capital baiana neste período.

Demolida em agosto de 2010, a antiga Fonte Nova deu lugar a um grande canteiro de obras, com aproximadamente 116 mil m². Neste espaço, 348 pessoas trabalham diariamente na construção do estádio, que terá capacidade para 55 mil torcedores e concorre a ser palco da abertura do Mundial.

Atualmente 55 equipamentos estão em operação, entre eles seis bate-estacas, seis escavadeiras e 26 caminhões-caçamba. No pico da construção, em dezembro deste ano, serão 61 máquinas, entre elas escavadeiras, central de concreto, guindastes, gruas e caminhões-betoneira.

Segundo José Luiz Góes, diretor de engenharia da Fonte Nova Negócios e Participações (FNP), empresa constituída para gerenciar a construção do empreendimento, o cronograma está sendo cumprido. “Estamos dentro do prazo, conforme o planejamento de execução. Nossa meta é entregar a arena para a Copa das Confederações, em 2013”, confirma.

Vencido o processo de demolição, reciclagem e terraplagem, os operários trabalham no momento, nos chamados testes de carga e cravação das estacas. Com isso, segundo o engenheiro, 15% do projeto já foi executado.

O processo de estaqueamento e fundações deve durar até maio deste ano. As estacas, pré-moldadas e metálicas, têm entre 15 m e 25 m de comprimento cada. As primeiras estacas, instaladas no setor leste, dão sinais, de como será desenhado o futuro equipamento, que manterá as características originais no formato de ferradura.

O engenheiro explica que ainda este mês será iniciada a instalação dos primeiros blocos de fundação. Segundo ele, está prevista para abril a montagem das estruturas de pilares, vigas e outros.

Conforme informações da assessoria de imprensa da FNP, a obra da Arena Fonte Nova utilizará 45 mil m³ de concreto, sendo 31 mil m³ em peças moldadas no próprio canteiro.
Fornecedores e mão-de-obra locaisEm entrevista coletiva no último dia 11/2, após visita ao canteiro de obras, o governador Jacques Wagner, assegurou que pelo menos 70% dos fornecedores contratados e produtos utilizados na obra, são de empresas baianas. “Estamos com isso, movimentando a economia do estado”, afirmou Wagner.
O governador ressaltou ainda que a obra da Fonte Nova absorve mão de obra local. Até dezembro de 2012 está prevista contratação de aproximadamente 1.400 trabalhadores, sendo 1.200 para a construção em si, e 200 para os setores administrativos.

Neste conjunto de contratações, está incluída uma cota mínima de pelo menos 5% das vagas para presos em regimes aberto, semi-aberto e egressos (pessoas que vivem o primeiro ano após cumprir pena). A proposta faz parte do programa “Começar de Novo”, dos governos municipal e estadual. Até o momento, no entanto, nenhum dos funcionários da obras são provenientes desta cota. 

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Estratégia do Itaquerão

"Sombra do fracasso" faz Corinthians mudar estratégia do Itaquerão

Interlocutor do clube diz que "lenda" do estádio afasta potenciais investidores

Corinthians pretende começar obras da arena com empréstimo do BNDES (crédito: CDC Arquitetos/Divulgação)
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Rodrigo Prada - São Paulo
postado em 03/02/2011 17:44 h
atualizado em 03/02/2011 18:34 h
O Corinthians deve anunciar apenas em abril novidades sobre a construção do estádio de Itaquera, indicado para sediar a abertura da Copa de 2014. Mesmo com o adiamento, interlocutores do clube confirmam que o negócio está fechado e que a terraplanagem da área começa entre abril e maio, após as chuvas de verão.

A prorrogação está ligada à mudança de estratégia na negociação dos direitos comerciais da arena. A diretoria considera mais favorável fechar negócios com a obra em andamento.

Gente ligada ao projeto corintiano reclama que o estádio se tornou uma espécie de “lenda”, o que afasta potenciais investidores. Com o projeto em construção, seria mais fácil não apenas convencê-los a participar do negócio, mas também aumentar o valor dos contratos.

Até então, o Corinthians pretendia revelar os parceiros da arena em fevereiro. Agora, a ideia é começar as obras com o empréstimo de R$ 400 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que tem linha de crédito para os estádios da Copa.

Projeto
Nas contas do clube, ficariam faltando cerca de R$ 200 milhões para o projeto de 65 mil assentos, atingindo o mínimo necessário para receber o jogo de estreia do Mundial. O projeto inicial para 48 mil torcedores foi descartado.

O valor restante seria negociado durante a construção, com a venda dos direitos sobre o nome (naming rights), áreas vip, espaços e assentos comerciais. O Corinthians tem estudo da consultoria Accenture que estima o potencial de receita desses serviços.

Só com naming rights o clube espera arrecadar R$ 200 milhões em 10 anos. Para arrecadar esse valor, alto mesmo para os padrões europeus e norte-americanos, a diretoria aposta suas fichas na novidade da arena, que seria inaugurada já portando o nome do parceiro.

Junto à comercialização do nome, o clube estima receitas anuais de R$ 30 milhões com o estádio, que seriam usadas para quitar a dívida com a Odebrecht, empresa que tomará o empréstimo e tocará as obras.

Isenções
O clube paulista nega que o dinheiro extra virá de patrocínios bancados pela prefeitura, como foi veiculado ontem (2) pela imprensa. O que existe é um programa de incentivos fiscais do município para empreendimentos privados na zona leste de São Paulo, buscando incentivar a revitalização urbanística e aumentar o número de empregos na região. A construção da arena ficaria isenta de ISS e IPTU.

Ao participar da Copa, o estádio alvinegro também se beneficia da isenção de impostos federais e estaduais, fechando o ciclo de benefícios tributários.

Empréstimo
Um dos empecilhos para que a obra comece em abril é que nem o clube nem a Odebrecht enviaram carta-consulta ao BNDES solicitando o financiamento. Para se ter uma ideia dos trâmites, a diretoria do banco demorou entre oito meses e um ano para aprovar os recursos de outros seis estádios do Mundial.

Como a terraplanagem leva de quatro a cinco meses, a obra deve necessariamente começar até maio, já que essa etapa precisa de solo seco. Caso contrário, a construção teria que ser paralisada em novembro, quando recomeça o período chuvoso, o que atrasaria o início da instalação das fundações e comprometeria o cronograma da Copa.

Outro eventual entrave que não preocupa a diretoria corintiana são os dutos da Petrobras que atravessam o subsolo do terreno. Segundo o clube, há garantia de que as tubulações podem ser inutilizadas durante as obras sem prejuízo para o abastecimento de óleo combustível e derivados na região metropolitana de São Paulo.
Colaborou: Rafael Massimino

inspeções

COL inicia inspeções aos centros de treinamento da Copa em São Paulo

Seis locais na capital paulista foram indicados para receber seleções durante o Mundial

Pacaembu é uma das opções de São Paulo (crédito: Arquivo)
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Da redação - São Paulo
postado em 02/02/2011 18:26 h
atualizado em 03/02/2011 11:31 h
O Comitê Organizador Local (COL) começa nesta quinta-feira (3), em São Paulo, uma série de dois dias de vistorias aos locais indicados a Campos Oficiais de Treinamento (COTs) da Copa do Mundo de 2014.

Os COTs serão usados pelas seleções durante o Mundial brasileiro. Os campos também receberão as equipes da Copa das Confederações, disputada na metade de 2013.

Ao todo, seis locais estão incluídos na visita do COL. Entre eles, os centros de treinamento do Corinthians e da Portuguesa, localizados no Parque Ecológico do Tietê, na zona leste, e os São Paulo e Palmeiras, na Barra Funda, zona oeste da capital paulista.

O estádio do Pacaembu (centro) e o CT Pão de Açúcar, no Real Parque, próximo ao Morumbi (zona oeste), também fazem parte do inspeção.

Pelo COL, participam da vistoria o consultor de estádios, Carlos de La Corte, e o gerente de Competição e Serviços às Equipes, Frederico Nantes. Pelo comitê executivo paulista, está confirmada Raquel Verdenacci, coordenadora executiva.

São Paulo é a terceira cidade a passar pelas vistorias. Em janeiro, o COL esteve em Porto Alegre e Curitiba. As visitas às outras nove sedes serão concluídas no dia 16 de março, em Fortaleza.

Cronograma

Dia 3/2 - Quinta-feira
10h
Centro de Treinamento de Futebol Dr. Joaquim Grava (Corinthians)
12h CT da Associação Portuguesa de Desportos
14h30 Academia de Futebol do Palmeiras 1
16h30 CT do São Paulo Futebol Clube
Dia 4/2 - Sexta-feira
10h Estádio Paulo M. de Carvalho (Pacaembu)
14h30 CT Pão de Açúcar – Real Parque