terça-feira, 6 de julho de 2010

Ida >>>>

De Gauteng ao Cabo Leste







Um belo pôr-do-sol iluminou nosso caminho rumo a Bloemfontein, na primeira parte de nossa viagem FOTO: Marcos Limonti

Rodolfo Tiengo



Direto de Porto Elizabeth



Dois dias de muitas paradas e paisagens diferentes e mais de mil quilômetros rodados de carro entre a província de Gauteng e o Cabo Leste. A reportagem finalmente chegou a Porto Elizabeth, onde o Brasil vai disputar as quartas-de-final contra a Holanda, na próxima sexta-feira, dia 2 de julho. Na quarta-feira, saímos de Bloemfontein às 13 horas para uma viagem de aproximadamente oito horas, incluindo a pausa para abastecer, almoçar e esticar as pernas. No percurso, vimos muitos ônibus repletos de torcedores de olho na partida que acontece na sexta-feira.



Diferente da rodovia que utilizamos entre Joanesburgo e Bloemfontein, com pedágios e pista dupla, o trajeto que nos trouxe até aqui foi um pouco mais precário. A maior parte dos 670 quilômetros que separam as duas cidades-sede da Copa, distribuídos pelas rodovias N1, N9 e N10, são de pista simples sem pedágio, com muitos trechos em obras e asfalto remendado. Tivemos que parar por pelo menos três ocasiões diferentes, esperando que o fluxo de veículos no sentido oposto passasse.




Pista simples e uma infinidade de caminhões e ônibus caracterizaram nosso viagem entre Bloemfontein e Porto Elizabeth FOTO: Marcos Limonti

Além disso, os torcedores brasileiros que estão vindo de carro para Porto Elizabeth enfrentam um tráfego repleto de caminhões de carga por toda a extensão do percurso, que é repleto de placas alertando para a presença de animais selvagens que podem cruzar a estrada e ainda o risco de pedras rolarem pelas encostas, especialmente quando se está a menos de 100 quilômetros de Porto Elizabeth – o último trecho é cheio de curvas e de alguns declives que exigem um pouco mais do automóvel.



De qualquer modo, para quem deixa para trás a gigante Joanesburgo, viajar de carro por essas bandas é um passeio que vale a pena. A planície é complementada por conjuntos de formações rochosas e diferentes vegetações, como os cactos que vimos na altura de Colesberg – a 440 quilômetros de Porto Elizabeth – e arbustos, morada perfeita para os dassies (uma espécie de roedor). O toque final da paisagem se dá com cata-ventos em grandes propriedades rurais com muito gado pastando e ferrovias.



O caminho reserva também boas surpresas, como a pequena cidade de Middelburg, já em Eastern Cape, bastante bucólica e com pequenos hotéis três estrelas para viajantes. Por lá a reportagem parou para almoçar por volta das quatro da tarde no Green Lemon. É um autêntico restaurante de cidade pequena, com comida da boa por um preço bem barato. Uma panqueca italiana, por exemplo, com um recheio de carne muito saboroso, custava 28 randes e um capuccino com chantili era 14 randes.


Já era noite e ainda estávamos na estrada na quarta-feira. Viagem até Porto Elizabeth, partindo de Bloemfontein, durou oito horas e meia FOTO: Marcos Limonti

Primeiras impressões



Depois de tanto rodar, a primeira impressão que a reportagem teve de Porto Elizabeth é de que o lugar é desenvolvido e marcado pela atividade portuária. Impressionante também é o Nelson Mandela Bay, estádio oficial da Copa com capacidade para 48 mil pessoas e uma arquitetura invejável – com projeto tão original quanto o de Durban.



Na chegada também vimos que os hotéis de Porto Elizabeth estão lotados e que conseguir acomodação por aqui nos próximos dias é uma tarefa bastante complicada. Como viemos sem reserva em hotel, procuramos em vários e estavam todos com quartos ocupados. Conseguimos um quarto de última hora, porém provisório, já que a parti desta quinta-feira já está reservado.



http://comercionacopa.wordpress.com/

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